31 de mar. de 2018

ROGUEI POR TI


Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça...” Lc 22:32
Estas palavras do Senhor Jesus me fazem pensar em sua grande misericórdia para conosco. Bem, elas foram dirigidas a Pedro, num momento que bem conhecemos. Pedro, ah! Pedro... que negou a Jesus... Mas, muitas vezes, não nos parecem familiares os fatos que os evangelhos narram?
1. O Senhor que conhece todas as coisas (Mc. 14.27-31)
O Senhor, que conhece todas as coisas, disse: “Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim” (Mc 14.27). Não, Senhor! Pedro reage... “Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu” (v.29). Pedro, meu Pedro! Você vai me negar... “três vezes”. Mas agora, não somente Pedro, mas todos os discípulos disseram o mesmo: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei” (v. 31). Não joguemos pedras neles. Paremos um pouco e olhemos para nós mesmos. Nunca foi encontrado em nós tal comportamento? Nunca fizemos algo que declaramos veementemente que não faríamos? Nunca “negamos” o Senhor? Nunca? Nossa esperança é “...que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores...” (I Tm 1.15).
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Esse verso tem uma verdade gloriosa. Pensemos que Cristo, naquela conversa com os discípulos, estava prestes a ir a morte. Por eles. Por Pedro. Por mim e por você. Bem. Ele estava se entregando para morrer em nosso lugar. Mas justamente naquela hora, ele foi negado. Se escandalizaram dele.
2. O Senhor que se compadece (Lc. 22.31-3; 54-62)
Me chama a atenção como o Senhor trata com eles, e em especial com Pedro. Vemos no Evangelho de Lucas que o Senhor diz a Pedro: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22.31-32). Ele sabia que seria desprezado, negado três vezes! Mas se compadeceu de Pedro... rogou por ele. Que grandioso amor do nosso Senhor!
Quando penso que o Senhor já sabe de todos os meus pecados, que cometi e vou cometer, e mesmo assim me amou e morreu por mim. “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6). Assim como a Pedro, roga por mim, para que minha fé não desfaleça. Se coloca como meu advogado (I Jo 2.1).
Mas com isso não estou dizendo que esse amor nos deixa despreocupados quanto ao pecado. Não! Seu amor nos conduz para a santidade. Sua benignidade nos leva ao arrependimento: “desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” (Rm 2.4). Foi assim com Pedro. De certa forma, Pedro precisava conhecer quão grave era o pecado. Ele ainda não sabia quão necessitado da graça de Deus ele era. Firmou-se em si mesmo para dizer: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei”. Isso não pode ser produzido pelo homem. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente” (Tt 2.11-12). Sem a graça de Deus não somos salvos. Sem a graça não vencemos o pecado. A graça de Deus nos salva e nos ensina a viver "sóbria, e justa, e piamente".
3. O Senhor que conduz à perseverança (Jo. 21.15-19)
Sabemos como Pedro chorou amargamente depois de ter negado o Senhor. Pedro caiu em si. Não diria mais como antes. Não poderia mais confiar em si mesmo. Mas continuemos. Encontramos Pedro depois da ressurreição de Jesus, e o Senhor lhe faz uma pergunta inquietante: “Amas-me?”. Duas vezes pergunta usando o verbo grego "ágape", que indica um amor sacrificial e incondicional. Pedro responde que ama com “fileo” (amor-amizade, afeição). Não teve coragem de responder à altura do amor de Jesus. Quando da terceira vez, Jesus pergunta a Pedro, desta vez com “fileo”, este se entristece. Mas o que chama a atenção é o que o Senhor declara a Pedro: “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras” (Jo 21.18). O que Jesus queria dizer? O verso seguinte responde: “E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus”. Pedro iria morrer pelo seu Senhor! Ele seria capaz de amar com “ágape”! Mas como? “Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça...”.
A perseverança de Pedro estava baseada no amor do Senhor! Em seu amor Ele nos salvou, e em seu amor Ele nos faz permanecer. “...Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Rm 8.34-35).
A história de Pedro é a nossa história. E mais ainda, é a história do amor do Senhor para conosco. Como em seu amor Ele nos salvou, mesmo sendo pecadores, e em como em seu amor Ele nos conduz à perseverança, mesmo ainda pecadores.
“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6).
“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37)

2 comentários:

  1. ISSO É GRAÇA QUE TRANSFORMA!
    Aleluia mesmo!!! Louvado seja o nome do Senhor!!!!
    Cadê a opção "curti"?!? rsrs [tô mal acostumada com o facebook] Tô sentindo q tem coisa aki q vai virar livro! rsrs

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  2. Não sabia que já tinha publicado tantos posts! Tô atrasaaada o.O kkk

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