Os homens parecem nos dizer: "Não há qualquer utilidade em
seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande
multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até
que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é
um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre
os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos
vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm
bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não
se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem
no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês
crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem
em nada, não se preocupem; a 'dúvida sincera' de vocês
é muito melhor do que a fé".
Talvez o leitor diga: "Mas ninguém fala desta maneira".
É provável que eles não usem esta linguagem, porem este
é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é
a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação
abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que
estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto
de adaptá-lo a esta época progressista.
O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste
modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações
dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se
assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões,
em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles
transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo
é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor
está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação
e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos
ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo
de Deus?
Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas;
e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que
é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida
por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei
mais falando a respeito desta proposta tão deplorável
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
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